quinta-feira, 27 de novembro de 2014

7 Profecias que deram errado.

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Onda, onda. Olha onda
Editora Globo (Foto: Editora Globo)Em 2004, Jucelino Nobréga sonhou que uma imensa onda destruiria a cidade de Fortaleza, Ceará.  A previsão tinha ares hollywoodianos, porque desgraça pouca é bobagem. Um bloco de 572 km² se desprenderia da ilha de La Palma. O impacto criaria perturbações no oceano e o tsunami sobre Fortaleza seria inevitável. Tudo marcado para algum momento em 2013. 2013 veio e foi. Fortaleza permanece. Caprichos da maré.

A vidente eleitoreira
Editora Globo (Foto: Editora Globo)Mãe Dinah, morta no começo deste ano, ficou famosa por aparecer frequentemente na TV dando palpite sobre o futuro dos famosos e dos presidenciáveis. Tinha tino: segundo a lenda, previu a morte dos Mamonas Assassinas e sabia a data certa e inevitável em que deixaria este mundo. Para poucos, convenhamos. Dinah cometeu um sério deslize em 1995. Candidata à vereadora pela cidade de São Paulo, perdeu. Mercúrio devia estar retrógrado. Do contrário, ela preveria a própria derrota para evitar o desgaste da disputa.

Brasil campeão da Copa
Editora Globo (Foto: Editora Globo)O vidente Roberio de Ogum tem tradição em dar palpites sobre futebol. Perdoável: ele é brasileiro, palpitar é esporte nacional. Em 1999, jurou de pés juntos que o Palmeiras seria campeão do mundial de times em Tóquio. A vitória foi do Manchester.
Agora, em 2014, o rapaz voltou à carga. Apostou que a seleção venceria a Copa do Mundo. Copa jogada em casa, Roberio estava seguro. Achamos aqui que, das duas, uma: ou ele errou feio, errou rude; ou Roberio se recusou a crer no 7 a 1 que suas visões indicavam. Como culpá-lo?


Fim do mundo 1

William Miller era um fazendeira norte-americano e profundo estudioso da Bíblia. Certo dia, conclui que o mundo acabaria em algum momento entre 1843 e 1844. O Bombou atesta, com alguma segurança, que Miller errou. Mesmo assim, obteve certo sucesso: seus seguidores criaram a Igreja Adventista, que existe ainda hoje. Os resultados não assustam (e, para algumas pessoas, inclusive, fazem bem).

Fim do mundo 2

A passagem do milênio deixou o mundo em polvorosa. Muita gente achou que a mudança no calendário traria lá suas complicações. No mundo da tecnologia, o monstro da vez era o Bug do Milênio: temia-se que se os computadores em todo o planeta não fossem devidamente calibrados, eles confundiriam 2000 com 1900. Isso traria caos para o tráfego aéreo, derrubaria satélites, deixaria cidades sem luz e outras mil calamidades. Por fim, o bug causou poucas falhas. Deu tudo certo.

Fim do Mundo 3

O cometa Halley aparece uma vez a cada 76 anos. É uma visita que chega botando banca. Em 1910, causou medo: as pessoas achavam que os gases de sua cauda eram venenosos e dizimariam a humanidade. Em 1986, quando voltou depois de longa ausência, teve gente dizendo que ele atingiria a Terra em cheio, causando destruição. Halley não liga para os detratores. Não fez nada de errado até hoje.

Fim do mundo 4

Segundo cálculos que jamais me dei ao trabalho de compreender, o calendário Maia deixa de marcar a passagem do tempo em 2012. Os maias já nem devem se interessar por esse assunto. Mesmo assim, o  medo do fim do mundo em 2012 inspirou ações das mais variadas. Houve gente se escondendo em retiro espiritual para passar o dia 21 de dezembro em paz consigo mesmo. Houve gente que viu nisso uma oportunidade de negócio e gravou um filme horrível estrelado por John Cusack. O mundo não acabou e o filme continua a ser reprisado insistentemente. Essa sim, uma tragédia.


Vi no site da revista Época.
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